segunda-feira, 20 de setembro de 2010

20/09/10 - Bancários podem entrar em greve no próximo dia 29

Bancários de todo o Brasil podem entrar em greve por tempo indeterminado na próxima semana caso a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) não atenda as principais reivindicações da categoria, que está em campanha salarial há dois meses. Após várias rodadas de negociação sem sucesso, a entidade patronal prometeu apresentar uma contraproposta aos trabalhadores nesta quarta-feira (22/09), envolvendo as cláusulas econômicas, sociais e sindicais. Se a contraproposta não agradar, os bancários entrarão em greve no dia 29.

Sindicatos de todo o país farão assembleia com os bancários no dia 28, quando será analisada e votada a proposta da Fenaban. Na oportunidade também serão avaliadas as propostas do Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e Banco do Nordeste para as reivindicações específicas dos seus funcionários. Caso essas propostas sejam rejeitadas, a categoria votará a deflagração da greve, que deve atingir todos os bancos.

Os bancários reivindicam reajuste de 11%; melhoria da Participação nos Lucros e Resultados (PLR); valorização dos pisos salariais; elevação dos auxílios refeição/alimentação e creche/babá; combate às metas abusivas; fim do assédio moral; plano de carreiras, cargos e salários em todos os bancos; proteção ao emprego; mais contratações; auxílio-educação; e segurança contra assaltos.

A categoria vem se mobilizando desde o início de agosto, com manifestações dentro e fora das agências bancárias. Em algumas cidades, como São Paulo, já houve retardamento na abertura de unidades e centros administrativos.

Os seis maiores bancos que operam no país (Banco do Brasil, Itaú Unibanco, Bradesco, Caixa, Santander e HSBC) apresentaram R$ 21,7 bilhões de lucro líquido no primeiro semestre do ano, resultado quase 32% superior ao do mesmo período de 2009 e uma rentabilidade média sobre o patrimônio líquido de 25%. "Isso significa que os bancos quase dobram de tamanho a cada três anos, o que é uma rentabilidade que não tem paralelo no mundo, e mesmo assim eles se recusam a atender as reivindicações legítimas de seus trabalhadores", critica Carlos Cordeiro, presidente da Contraf.

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